Essa semana o Klaus Wuestefeld, nosso instrutor para o “The Way to Software Mastery”, me mandou um áudio em que ele conta algumas das interações que teve com grandes mestres do desenvolvimento de software: Kent Beck, Uncle Bob, Richard Stallman, Mary Poppendieck e Steve Wozniak. Eu gravei um vídeo a partir desse áudio e divulguei nas minhas redes sociais, onde rolou uma boa repercussão.
Uma coisa que me chamou a atenção foi quando ele disse no áudio que: “Foram esses encontros assim que, por osmose, eu fui aprendendo muito mais do que só estudando, só lendo artigos…”.
Por osmose? Pois é… Na osmose, a água flui de uma área de “baixo potencial químico” para uma área de “alto potencial químico” por meio de uma membrana permeável. Tire a palavra “químico” dessa definição e você vai entender o que o Klaus quis dizer. Os mestres tem “baixo potencial” porque eles, em grande parte, já o realizaram. Para nós, aprendizes em busca da excelência, há ainda muito potencial a realizar, há muita sede por realização. Queremos beber dessa água!!!
De fato há muitas formas de aprender. As maneiras mais conhecidas nos dão “know-how“, ou seja nos ensinam “como fazer” as coisas. Você vai encontrar isso em tutoriais, posts informativos, livros, sites de perguntas e respostas, etc.
Nesse momento, é importante trazer o que o Edward Wilson explica eloqüentemente no seu livro Consilience: The Unit of Knowledge:
“Estamos nos afogando em informação e famintos por sabedoria. O mundo daqui pra frente será liderado pelos “sintetizadores”, pessoas capazes de trazer a informação certa na hora certa, pensar criticamente sobre ela, e usá-la sabiamente ao fazer as escolhas mais importantes.” E. Wilson
Enquanto o “know-how” está distante de nós há apenas uma caixa de texto e um botão, o “know-why” e o “know-why-not “, por sua vez, são raros e difíceis de encontrar. A descoberta sobre os “porquês” que nos levam a fazer as escolhas que realmente importam dependem muito mais de como e com quem interagimos.
São nessas interações que desenvolvemos a capacidade de, como já nos disse o saudoso Steve Jobs, “conectar os pontos”. Aprender novos tutoriais, métodos ou ferramentas nos ajuda a executar tarefas, mas não tem nenhum efeito em nos ajudar a descobrir que tarefas precisam ser feitas (as tais das escolhas importantes).
Estamos “sedentos por sabedoria” e é somente por causa disso que o “The Way to Software Mastery” funcionará como a membrana permeável que a gente precisa para fazer essa água na forma de sabedoria circular em nossa direção.
Se você já fez a sua matrícula no curso, tenho certeza que está ansioso para o início das aulas. Estamos quase lá, faltam poucos dias para começar.
A abertura desse grande evento será na próxima quarta-feira 14/08 às 20hs e a ementa da primeira aula está sensacional:
MÓDULO 1: Programação em Essência
- Conhecendo o Inimigo
- Complexidade vs Complicação
- Regra 30
- Acidental vs Essencial
- Causo: Kent Beck e a metodologia improvisada
- Mindset: Simples vs Fácil
- Nem Todo Software Precisa ser Bom
- A Segunda Coisa Mais Importante
- Os Gigantes do Passado
- Os Ciclos Lentos da Tecnologia
- A Ilusão das Novidades Rápidas
- Causo: Steve Wozniak, fundador da Apple, e o cartão de aço
- O que é programação no fundo, de verdade, afinal?
- Causo: Sendo plagiado por Martin Fowler
- Simplicidade Anticlimática
- Causo: Como implementei uma camada de persistência objeto-relacional em Java sem saber a sintaxe do Java.
Para quem ainda não fez a matrícula, é só clicar aqui e fazer a sua parte para estar conosco nesse curso que será certamente um dos grandes eventos do ano aqui no Software Zen.